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quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Poesia by Kayo Ribas

Tempo
Autor: Kayo Ribas


Relativo desde o princípio não se sabe
Para onde vai ou de onde vem.

Sem criador, torna-se um deus entre os mortais.
Com ponteiros eternos aponta um passado exato e um futuro incerto.

Tempo, amigo desconhecido de quem o tem,
amante intimo de quem não tem.

Por esporte ele corre, fugindo e nos levando para longe de prazeres
Que sem ele seriam como um quadro de Monet, belos e estáticos.

Conosco desde sempre se tornou um pai sem perceber,
nos viu nascer e crescer.

Em sua magnífica memória milenar procura sempre esquecer
que sendo um deus eterno, um dia ele irá nos ver morrer.

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